Wednesday, January 17, 2007

Suicide Club * * *


Jisatsu Saakuru (2002)
Suicide Circle (em inglês...)
Sono Shion - Japão

Prêmios: Fant-Asia Film Festival

A História:

O filme é a primeira cena: A estação de metrô se enche de colegiais bonitinhas, provavelmente saindo da aula, batendo papo animadamente, como num dia qualquer em Tóquio. De uma hora pra outra todas as 54 garotas se dão as mãos, contam até 3 e pulam na frente do metrô. (acho que se vc só tem 5 minutos pra assistir, tudo bem, pode desligar e cuidar da vida depois desta cena...)
Chocado e intrigado, o detetive Kuroda e seus colegas começam a investigar o suicídio coletivo, e descobre que as estudantes não eram sequer da mesma escola, provavelmente nem se conheciam, o que deixa o motivo mais misterioso ainda. E cada vez mais estudantes e jovens começam a se suicidar, como se houvesse alguma epidemia, o que a princípio parece ser intrigante... Em todas as cenas de suicídio as pessoas se portam como se tudo fosse perfeitamente normal, e como se viver simplesmente não tivesse sentido algum. Durante o filme todo há cenas desses jovens escutando um grupo musical adolescente chamado Dessert -uma febre tipo Menudo só que japonês- que parece ser a única conexão entre os suicidas...

Porque é bom:

A primeira cena é perturbadora, é há várias outras assim durante o filme. A situação apresentada causa um desconforto e ao mesmo tempo uma curiosidade sobre o que pode motivar um suicídio de pessoas aparentemente tão seguras e tranquilas acerca da decisão (contraditoriamente, adolescentes costumam ser os mais inseguros...). O Japão tem um alto índice de suicídios na juventude (O maior de todos, segundo a OMS), provavelmente reflexo do grande conflito cultural sofrido pelo país (o apelo e a invasão da mídia ocidental e o consumismo exagerado), a pressão profissional e psicológica sofrida pelos jovens (que fazem a escolha profissional aos 14 anos), entre outros aspectos que eu só vou saber quando ler mais a respeito hehehe...

Porque não é tão bom:

Porque as tramas (muitas) e os gêneros explorados (terror, suspense, poético, até comédia...) não são lá muuuito bem costurados. Não há uma conexão entre todos os elementos, há muita informação no filme, mas muita coisa incompleta.

Destaque:

A cena da namorada deitando-se na marca de giz que sinalizava onde o namorado suicida havia caído. Ela estava tentando compreender o suicídio, foi uma cena plasticamente muito bonita.
Outra coisa: A música tocada pelo personagem Gênesis (um roqueiro excêntrico que lidera um grupo sádico e quer chamar atenção da mídia a todo custo) chega a dar arrepios, é bem macabra!

PROCURE E ASSISTA!